Ria de Aveiro (2012)
Não há vento, não há mar
Que leve nas suas ondas
O sonho e o ser.
Se afundar, se morrer
Há de, a memória ficar,
Espalhada no vento,
No mar…
E nas mãos de leme,
Nos olhos entre panos e ar,
Nos ouvidos.
Murmurarão, eternas, as artes,
Entre reflexos esmeralda e espuma.
Hão de ranger todas as tábuas,
Lambidas das águas,
Mordidas do sal,
Tocadas, a verde,
Do moliço dos dias de ontem.