Remisquedo (Linha do Tua), 2012
Que é feito
dos caminhos de outrora,
rodados sem presas
por solavancos de história gemida?
Os ferros e as tábuas
tinham a alma das conversas de aldeia,
balanceadas em pouca-terra, pouca-terra...
por horas longas e preguiçosas.
Ensonava-se...
Um silvo vivo e longo
interrompia a espaços
o adormecimento das peças e das gentes.
Voltavam conversas, soavam ditos,
roçavam-se risos pelos ouvidos...
Que é feito
dos caminhos de outrora,
rodados sem presas
por solavancos de história gemida?
Os ferros e as tábuas
tinham a alma das conversas de aldeia,
balanceadas em pouca-terra, pouca-terra...
por horas longas e preguiçosas.
Ensonava-se...
Um silvo vivo e longo
interrompia a espaços
o adormecimento das peças e das gentes.
Voltavam conversas, soavam ditos,
roçavam-se risos pelos ouvidos...
4 comentários:
...sempre achei que as paredes
tem histórias, caminhos tem
historias.
oxalá todas eles fossem
felizes lembranças.
encanta-me esta sensibilidade
que te habita!
que lindo é isso!!
Esta fotografia eternizará dois factos: os serviços prestados pelo abrigo da guarda da linha e o abandono a que foi votado.
pai
Que lindo!! Verdadeiro. Adorei
É assim o tempo: apaga sons,
pica as tábuas, corrói paredes,
limpa memórias.
Mas...
As tuas palavras consomem-no
com a eternização dessas lembranças
que ganham asas sobre as páginas
vazias.
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