Famalicão, 2014
Toco o veludo das
margens dos sonhos
com o silêncio
das palavras escritas
enquanto me
adentro na noite sem lua.
A luz ficou
retida no brilho doce
dos sorrisos
rosados das pétalas
colhidos a meia
tarde.
Depois, a noite!
Temperada de
memória
pelas palavras
escritas
que não ferem as
fibras suaves
de que são feitos
os sonhos.
Cada uma,
desprende-se e
escorre
do aparo do
pensar
e em silêncio se
aconchega,
sentida e sem se
pronunciar,
sobre o veludo das
margens dos sonhos.
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