segunda-feira, 9 de março de 2009

Rede


Vila Chã (Vila do Conde), 2009

Há-de ser esta a minha dor,
A minha angústia,
De tecer as teias
Em que me enleio?

Ou meu valor?
E por elas me liberto,
Prendendo a vida e os outros,
Em laços de sedução?

Se cansar as mãos que são minhas,
Se a minha pele gretar,
Da passagem destas linhas

Que os nós que der sejam lassos
Para escorregar, por eles a dor.
Sejam laços de vida e amor.
Sejam firmes, sejam rede
Sejam rede de enlaçar.

2 comentários:

deep disse...

Não tecemos todos as teias em que nos enleamos?

Bonito poema. :)

Boa semana!

Anónimo disse...

Jota,
"Suas" mãos tocam...seu poema mexe!
(n)as sombras escondem sonhos...com a luz falam realidades!...
Belo trabalho. Parabens!...

:)
catarina