sábado, 28 de junho de 2014

Sempre a palavra

Famalicão, 2014

Toco o veludo das margens dos sonhos
com o silêncio das palavras escritas
enquanto me adentro na noite sem lua.

A luz ficou retida no brilho doce
dos sorrisos rosados das pétalas
colhidos a meia tarde.

Depois, a noite!
Temperada de memória
pelas palavras escritas
que não ferem as fibras suaves
de que são feitos os sonhos.

Cada uma,
desprende-se e escorre
do aparo do pensar
e em silêncio se aconchega,
sentida e sem se pronunciar,
sobre o veludo das margens dos sonhos.

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